“Ser o que se é, falar o que se crê, crer no que se prega, viver o que se proclama até as últimas consequências” D.Pedro Casaldáliga
Uma estória para refletir
Um monge estava na cozinha lavando pratos, quando lhe aparece o Anjo da morte para levá-lo à eternidade. O monge lhe diz:
- Agradeço ao Senhor ter-se lembrado de mim. Mas olha aí a montanha de pratos. Não quero parecer ingrato, mas será que a eternidade não pode esperar um pouquinho até eu acabar o serviço?
O anjo concordou e se foi.
Dias mais tarde, estava o monge no jardim, quando veio de novo o Mensageiro da eternidade. O monge lhe diz:
- Dá uma olhada nas ervas daninhas. Se eu me for agora, elas vão ficar aí atrapalhando a plantação. A eternidade não poderia esperar um pouco mais?
E outra vez o anjo se foi.
Meses mais tarde se preparava para atender um doente com febre alta, lá vem o Anjo da eternidade. Dessa vez eles nem se falam, o monge apenas mostra os incontáveis doentes que precisa socorrer.
O anjo não discute e vai embora.
Anos mais tarde, envelhecido e doente, o monge se recorda do Anjo e pede que o Senhor o envie para buscá-lo. Nem bem terminara a oração, lá estava o Anjo. Aliviado, o monge explica:
- Pensei que tivesses se esquecido de mim ou que estivesses zangado porque te fiz esperar. Agora estou pronto e te peço:
- Leva-me contigo para a eternidade!
Com ternura o Anjo lhe diz:
- Levar-te para a eternidade? E onde pensas que estavas quando lavavas os pratos, cultivavas o jardim e cuidavas dos doentes? Tu já estavas na eternidade e não sabias. Mas agora saberás: neste mundo começa o que será eternamente.
(CRUZ, Therezinha M. Lima da, Este mundo de Deus. Educar para a espiritualidade do cotidiano. São Paulo, Paulus, 1999, p. 36-37)
Pela Inclusão e pela Vida!
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