PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

terça-feira, 30 de julho de 2019

SER, ESTAR E VIVER




“Ser o que se é, falar o que se crê, crer no que se prega, viver o que se proclama até as últimas consequências” D.Pedro Casaldáliga



Uma estória para refletir

Um monge estava na cozinha lavando pratos, quando lhe aparece o Anjo da morte para levá-lo à eternidade. O monge lhe diz:

- Agradeço ao Senhor ter-se lembrado de mim. Mas olha aí a montanha de pratos. Não quero parecer ingrato, mas será que a eternidade não pode esperar um pouquinho até eu acabar o serviço? 

O anjo concordou e se foi. 

Dias mais tarde, estava o monge no jardim, quando veio de novo o Mensageiro da eternidade. O monge lhe diz: 

- Dá uma olhada nas ervas daninhas. Se eu me for agora, elas vão ficar aí atrapalhando a plantação. A eternidade não poderia esperar um pouco mais? 

E outra vez o anjo se foi. 

Meses mais tarde se preparava para atender um doente com febre alta, lá vem o Anjo da eternidade. Dessa vez eles nem se falam, o monge apenas mostra os incontáveis doentes que precisa socorrer. 

O anjo não discute e vai embora.

Anos mais tarde, envelhecido e doente, o monge se recorda do Anjo e pede que o Senhor o envie para buscá-lo. Nem bem terminara a oração, lá estava o Anjo. Aliviado, o monge explica: 

- Pensei que tivesses se esquecido de mim ou que estivesses zangado porque te fiz esperar. Agora estou pronto e te peço: 

- Leva-me contigo para a eternidade!

Com ternura o Anjo lhe diz: 

- Levar-te para a eternidade? E onde pensas que estavas quando lavavas os pratos, cultivavas o jardim e cuidavas dos doentes? Tu já estavas na eternidade e não sabias. Mas agora saberás: neste mundo começa o que será eternamente.

(CRUZ, Therezinha M. Lima da, Este mundo de Deus. Educar para a espiritualidade do cotidiano. São Paulo, Paulus, 1999, p. 36-37)


Pela Inclusão e pela Vida!



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