Somos assim, feitos de dúvidas.
Porque não ouvimos, entendemos!
Vivemos a perguntar.
Se não o fizermos e alguém não dizer,
Não saberemos,
Quem responderá?
Por não
compreender,
Ficamos
no espaço e vagamos.
Sonhamos,
imaginamos...
A
incerteza é nossa companheira de caminhada.
Com ela trilhamos,
Crescendo,
nos ajuntando,
Na
variedade, na gama.
Como
estrada ainda incompleta é o mundo nosso.
Seguimos,
acenamos, gesticulamos.
Juntando
fragmentos e metades,
Aprendendo
nos reveses
Feitos de
gritante silêncio, imagens sem sons,
Cores,
sabores, vastidão,
Vagando
pelo universo
Que a
tudo recria e cala.
Muitas
vezes não captando,
Como os
demais também
Faz-se
diferença fugaz, vezes capaz,
De
distanciar, ferir e isolar.
O desejo
de falar, escrever,
Acenar e
tecer
Do sonho
uma realização
Complementação...
Sonhar,
não apenas,
Como
também divagar, por que não?
Se não
filtramos a tradução
E o som
da interação
Então
olhamos e sentimos!
Nossa
verdade é sutileza,
Percepção
e admiração.
Somos assim...
Como a
vida moldou, a sina mostrou, destino traçou
Se não
nos entendem, quem melhor nos pretende
Entre
toda criação?
Por que
ficar, chorar e sofrer?
Se
caminhar é movimento, que corre feito um rio,
Que a
tudo carrega e ajeita,
E sempre
de surpresas enfeita
Suas
curvas e desvios.
Vida,
generosidade sem fim, natureza caprichosa,
Onde céu
e terra conspiram!
O sopro
do Espírito aí se instaura,
E faz a
magia: momento exato e delineado, oportuno!
Que abre
a ferida, numa sangria dolorida,
Forjando
contrastes
Promovendo
ternura...
Façamos
um pacto
Entre a
tênue linha que nos separa:
Lua e
sol, abismo e vulcão,
Tempestade
e brisa,
Amor e
fantasia
Haja
configuração!
Nada de
escuridão, lábios escondidos,
Mãos
camufladas e gestos tolhidos
Prevaleça
a reaproximação.
Comunicação...
Seja a
força que nos transforma,
Une e condensa!
Cumplicidade
que tece e sublima,
Tal
simbiose mãe e feto.
Caule e
raiz,
Força
motriz,
Gerando
afeto e liberdade
Respeito,
profundidade
Emoção e
razão
Na
vastidão...