PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

SE NÃO FOSSE A INCLUSÃO




Uma reportagem interessante foi exibida na última edição do “Caldeirão do Huck” e destacou-se pela bonita e emocionada iniciativa de três jovens de uma escola pública do Espírito Santo sensibilizados com as inúmeras dificuldades com que deficientes visuais, incluídos naquela escola, enfrentam a falta de acessibilidade nas ruas e calçadas, no trânsito e nos veículos de transporte. Apaixonados por tecnologia, uniram-se para estudar e criar um mecanismo que funciona como um carrinho movido a motor e acoplado por sensores, capaz de auxiliar a locomoção de pessoas cegas ou com deficiência visual pelas ruas, em funções idênticas a um cão-guia, isto é, um cão-guia robô.

A realidade tem mostrado que é grande a busca de cães-guia por parte de pessoas cegas. Aliás, os próprios dizem que ser acompanhado por um cão é muito melhor e mais seguro do que com uma bengala. Abaixo, listei alguns links com matéria interessante para melhor conhecimento sobre o projeto com cães-guia, aqueles “anjos de quatro patas”, que informa com muita clareza.

E, na falta de cães, os jovens inventores deram uma aula de solidariedade e cidadania em contribuir para devolver a visão por meio de um equipamento simples e eficiente. Isto porque, antes, conheceram a realidade daquelas pessoas através da escola. A inclusão promove a convivência comum entre deficientes e não deficientes no mesmo espaço, deixando às claras reais diferenças.

Se não fosse a inclusão, aquelas chamadas “salas de aula regulares” – formadas exclusivamente por pessoas com deficiência e que ficavam em espaços separados das turmas comuns, não se misturando – ainda hoje estariam vigorando e excluindo.

Se não fosse a inclusão, aqueles jovens nem teriam tentado, ou melhor, arriscado aquele invento – um cão-guia robô – que pode beneficiar pessoas cegas a viver com independência e autonomia.

Sabemos que a convivência comum provoca um contágio natural, onde a percepção do diferente, das suas qualidades e também das dificuldades traz um questionamento e até um envolvimento, despertando a vontade e o interesse de se buscar formas para transformar o meio num lugar de possibilidades e realizações, na superação de obstáculos e favorecendo a independência.

Como é bom saber que, diante das mudanças pelo qual nosso mundo gira, das inúmeras notícias negativas que enchem a mídia, é possível acalentar a esperança através de gestos simples como este e, principalmente, acreditar que os jovens são movidos por ideais de grandeza e de generosidade e querem contribuir por um planeta melhor.

Links interessantes:







Pela Inclusão e pela vida.





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