Uma reportagem interessante foi
exibida na última edição do “Caldeirão do Huck” e destacou-se pela bonita e
emocionada iniciativa de três jovens de uma escola pública do Espírito Santo
sensibilizados com as inúmeras dificuldades com que deficientes visuais,
incluídos naquela escola, enfrentam a falta de acessibilidade nas ruas e
calçadas, no trânsito e nos veículos de transporte. Apaixonados por tecnologia,
uniram-se para estudar e criar um mecanismo que funciona como um carrinho
movido a motor e acoplado por sensores, capaz de auxiliar a locomoção de
pessoas cegas ou com deficiência visual pelas ruas, em funções idênticas a um
cão-guia, isto é, um cão-guia robô.
A realidade tem mostrado que é
grande a busca de cães-guia por parte de pessoas cegas. Aliás, os próprios
dizem que ser acompanhado por um cão é muito melhor e mais seguro do que com
uma bengala. Abaixo, listei alguns links com matéria interessante para melhor
conhecimento sobre o projeto com cães-guia, aqueles “anjos de quatro patas”,
que informa com muita clareza.
E, na falta de cães, os jovens
inventores deram uma aula de solidariedade e cidadania em contribuir para
devolver a visão por meio de um equipamento simples e eficiente. Isto porque,
antes, conheceram a realidade daquelas pessoas através da escola. A inclusão
promove a convivência comum entre deficientes e não deficientes no mesmo
espaço, deixando às claras reais diferenças.
Se não fosse a inclusão, aquelas
chamadas “salas de aula regulares” – formadas exclusivamente por pessoas com
deficiência e que ficavam em espaços separados das turmas comuns, não se
misturando – ainda hoje estariam vigorando e excluindo.
Se não fosse a inclusão,
aqueles jovens nem teriam tentado, ou melhor, arriscado aquele invento – um
cão-guia robô – que pode beneficiar pessoas cegas a viver com independência e
autonomia.
Sabemos que a convivência comum
provoca um contágio natural, onde a percepção do diferente, das suas qualidades
e também das dificuldades traz um questionamento e até um envolvimento,
despertando a vontade e o interesse de se buscar formas para transformar o meio
num lugar de possibilidades e realizações, na superação de obstáculos e favorecendo
a independência.
Como é bom saber que, diante
das mudanças pelo qual nosso mundo gira, das inúmeras notícias negativas que
enchem a mídia, é possível acalentar a esperança através de gestos simples como
este e, principalmente, acreditar que os jovens são movidos por ideais de
grandeza e de generosidade e querem contribuir por um planeta melhor.
Links interessantes:
Pela Inclusão e pela vida.
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