PRETENSÃO

Ampliar os horizontes da inclusão é a pretensão deste blog. E inclusão não apenas entendida como movimento de pessoas com deficiência, senão também abordar a ecologia, os movimentos de luta por direitos e cidadania, etc. Falar de inclusão, portanto, significa acolher o meio e todas as pessoas. Significa também respeitar e tolerar a singularidade, fazendo da compreensão uma forma de convivência pacífica e plural. Na inclusão ninguém pode ficar de fora!

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

O QUE FOGE...






“Compreendi que tudo o que Deus fez dura para sempre. A isso nada se pode acrescentar, e disso nada se pode tirar...
O que existe, já havia existido; o que existirá, também já existiu. Deus busca aquilo que foge.”
Eclesiastes 3,15




Aquilo que foge? Mas o que é que foge?

Um animal do pasto? O pássaro da gaiola? O ladrão da polícia? Aquele aluno da escola? As notas de uma carteira? O noivo do altar?

Quantas fugas... Impossível enumerá-las. É mais adiante!

“Deus busca aquilo que foge!” Como disse o autor do livro, transparece ser uma busca ainda maior, infinita e imensurável. E o que é infinito e imensurável senão o amor?

Ah, o amor que está sempre fugindo! Escapando pelos dedos, do controle e do espaço. Quando não está junto, ele fica na saudade e no pensamento. Como o menininho que queria levar para casa um casal de calopsita depois de se encantar com a ternura das aves. E logo viu que precisaria de um viveiro para colocar e cuidar delas. E lembrou-se do velho e torto viveiro que tinha na casa do avô, e que poderia consertá-lo. Mas se esqueceu das duas gatas sagazes e do gato que viviam caçando passarinhos pelo quintal de sua casa... Ele queria, mas sabia que elas precisavam viver. Ficou então o desejo e a lembrança...

Ah, o amor que foge tal qual a linha do horizonte, que está sempre ali à frente e nunca alcançamos. Ou o rio que corre, ultrapassando quedas e obstáculos, criando margens, lagos e regatos, mas sem nunca neles se estancar. Ensinando que nada é estático: amor e vida são movimentos. Se não o forem, já não fogem mais. E o que não foge, estagna e morre.

Quer saber?

Fujamos então...





Pela Inclusão e pela Vida.





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